Apesar da crença de que a potência do carro pode ser alterada pelo combustível, são fatores como o modelo, ano e as manutenções periódicas do veículo que possuem maior influência na funcionalidade de carros e motos. No entanto, segundo o assessor de Economia do Sindipostos Ceará, Antônio José Costa, há diferenças consideráveis entre os tipos de combustível que devem ser levadas em consideração na hora de abastecer o seu veículo.
No Brasil, os carros leves costumam ser abastecidos com gasolina e/ou etanol, podendo receber adaptação para gás natural veicular (GNV). Segundo Antônio, a gasolina costuma ser mais utilizada por tradição e credibilidade com o público, além de ter um melhor custo benefício. “Apesar de o etanol ser um combustível de custo mais baixo, com cerca de 30% de custo a menos que a gasolina, a média de consumo da gasolina é melhor, o que faz com que ela seja mais utilizada por muitos motoristas. Também é um combustível mais antigo, mais tradicional”, explica.
O etanol, além de mais barato, é menos poluente, sendo uma opção mais sustentável de combustível para quem não abre mão do veículo próprio. Apesar de não render tanto, para quem tem uma rotina mais tranquila, utilizando o veículo apenas para ir ao trabalho ou movimentar-se em via urbana, o custo mais baixo pode compensar.
“Para o motorista que não faz viagens longas, o etanol consegue suprir as necessidades do veículo sem pesar tanto no bolso”. Uma boa dica para saber quando compensa abastecer com etanol é: se ele estiver custando 30% mais barato do preço da gasolina, vale a pena investir nesse combustível. Se estiver acima, é melhor abastecer com gasolina”, completa Antônio José. No entanto, há uma ressalva: em cidades com clima muito quente, o etanol pode não ser uma opção tão interessante, visto que a evaporação desse combustível é maior no calor.
O menor índice de substâncias poluentes também é uma característica do gás natural, muito utilizado por quem trabalha com transportes por ter um preço ainda mais baixo – fazendo com que os rendimentos aumentem. No entanto, quem deseja utilizar esse combustível precisa custear um kit inicial para adaptação do motor, cujo valor varia entre R$ 3.000,00 e R$ 6.000,00.
Já o diesel, indicado para veículos de carga, por ser anticorrosivo, antiespumante e proporcionar boa potência ao motor, é proibido para carros leves, sendo utilizado apenas por veículos médios e pesados, como caminhões, tratores e ônibus, devido às legislações nacionais sobre combustíveis. “Porém, para o consumidor ‘comum’, que utiliza carros leves, as opções são muitas”, esclarece Antônio, “e não somente o fator financeiro deve ser levado em conta ao abastecer. Também é necessário pensar na rotina do motorista, no ambiente em que ele está e no local de abastecimento, sempre abastecendo em postos de confiança, para não haver danos ou gasto excessivo”, lembra.