A cearense Delfos captou 1,5 mi, que serão utilizados a fim de aprimorar soluções de Inteligência Artificial para usinas de geração de energia
A startup cearense Delfos acaba de ser contemplada com aporte de R$ 1,5 milhão para finalizar o desenvolvimento da Inteligência Artificial aplicada à manutenção preditiva de usinas de geração de energia. A empresa foi a primeira do setor elétrico brasileiro a receber investimento do EDP Ventures Brasil, veículo de investimentos de capital de risco (Corporate Venture Capital) do Grupo EDP. Além da EDP Ventures Brasil, que atuou como Investidor Líder, sendo responsável pela maior fatia do capital, o aporte tem participação do BMG Uptech e da Bossa Nova Investimentos.
“Escolhemos a Delfos para receber o primeiro aporte da EDP Ventures Brasil por acreditarmos que esta solução brasileira tem um grande potencial de crescimento no mercado de energias renováveis local e global. Queremos investir para alavancar o desenvolvimento de tecnologias criadas no Brasil e que tenham qualidade para ganhar o mundo”, afirma Cassio Vidigal, Head da empresa de Venture Capital da EDP.
Segundo Rosario Cannata, Investment Manager da EDP Ventures “A Inteligência artificial aplicada à manutenção preditiva é uma tecnologia muito inovadora, com a qual a Delfos poderá ajudar empresas de energia eólica, hidrelétrica e solar a se tornarem mais eficientes, aumentando a produção das usinas e reduzindo seus custos através da previsão de falhas e de um melhor conhecimento operacional”. A Delfos iniciou sua relação com a EDP em 2016, ao vencer o concurso de startups EDP Open Innovation e receber uma premiação de 50 mil euros para o desenvolvimento de um sistema de previsão de falhas em turbinas eólicas. Na ocasião, o administrador Guilherme Studart e o engenheiro Samuel Lima criaram um modelo de cruzamento de dados capaz de antecipar o desgaste dos componentes e recomendar a manutenção preventiva dos equipamentos.
Durante esse período, a startup passou por todos os processos de mentoria da EDP e conquistou grandes clientes no País, encerrando o ano de 2018 com projetos e contratos envolvendo 3,1 GW (gigawatts) de ativos, mais do que sete vezes o total monitorado em 2017 (0,4 GW).
“O apoio da EDP impulsionou a forma de atuação da Delfos no mercado. Nossa solução tem como objetivo possibilitar uma Governança Operacional eficiente, reduzindo incertezas operacionais e aumentando a produtividade dos ativos de energias renováveis. Queremos expandir nosso negócio utilizando a Inteligência Artificial aplicada a todos os segmentos do setor de Energia ”, destaca Guilherme Studart, CEO da Delfos.
Com o aporte da EDP Ventures Brasil, BMG Uptech e Bossa Nova, a startup pretende agora consolidar a robustez da plataforma, aumentando a escalabilidade, além de aperfeiçoar a confiabilidade dos dados, tornando o sistema capaz de operar em tempo real e gerando um clone virtual para a captação de possíveis falhas. Além do apoio financeiro, BMG Uptech e Bossa Nova contam com um portfólio de mais de 400 startups investidas e poderão ajudar a Delfos na expansão local e internacional e no acesso a capital de risco em futuras captações. Os investidores terão direito a uma participação minoritária da empresa e trabalharão em conjunto para dar suporte ao crescimento da Companhia.
A escolha da EDP Ventures Brasil
No início de 2018, a Delfos desenvolveu um projeto-piloto com a EDP Renováveis em um complexo eólico na Bélgica. O modelo de previsão de falhas, testado em 11 turbinas, aumentou sua capacidade de análise e melhorou a habilidade de tratar dados, gerando modelos mais assertivos e painéis de análise aprimorados. A constante evolução da plataforma atraiu o interesse da EDP Ventures Brasil, que, com apenas oito meses de atuação, já havia prospectado mais de 200 startups e conversado com mais de 70 fundos de investimentos, aceleradoras e polos tecnológicos.
Além de investimento direto, a empresa de Venture Capital da EDP oferece também apoio financeiro para a realização de projetos-piloto, acesso às áreas de negócio e ativos do Grupo EDP e seus parceiros em 16 países, além do acompanhamento de uma rede de incubadoras, aceleradoras e investidores brasileiros e internacionais.
A EDP Ventures Brasil procura startups com soluções para o mercado de energia que possam trazer valor para o grupo dentro das seguintes verticais de investimento: energia renovável, redes inteligentes, armazenamento de energia, Inovação digital (blockchain, IoT, big data, realidade virtual), Soluções com foco no cliente (fintechs, soluções inteligentes para casa) e área de suporte (legal tech, plataformas de RH).
A EDP Ventures Brasil avalia desde startups em fase inicial de desenvolvimento (seed investment) até startups mais maduras, em fase de escala e tração no mercado (series A), com a possibilidade de co-investimento com outras corporações ou fundos parceiros. Interessados podem acessar o site www.edpventures.vc para obter mais informações ou inscrever novos projetos.
O Grupo EDP possui uma estratégia global de Corporate Venture. Por meio de um veículo semelhante existente em Portugal desde 2008, a EDP já investiu mais de 30 milhões de euros em 22 startups.
Plataforma de inovação aberta da EDP Brasil
No Brasil, a EDP apoia o empreendedorismo nacional no setor de energia desde 2015, com iniciativas que auxiliam no desenvolvimento de soluções desde a ideia inicial até o investimento, passando pelos processos de prototipagem, aceleração e projeto-piloto. Os programas de aceleração EDP Starter Brasil e Free Electrons são as principais portas de entrada para a aproximação com a Companhia.
Sobre a EDP Brasil
Com mais de 20 anos de atuação, a EDP é uma das maiores empresas privadas do setor elétrico a operar em toda a cadeia de valor. A Companhia, que tem mais de 10 mil colaboradores diretos e terceirizados, atua em Geração, Distribuição, Transmissão, Comercialização e Serviços de Energia. Possui seis unidades de geração hidrelétrica e uma termelétrica, e atende cerca de 3,4 milhões de clientes pelas suas Distribuidoras em São Paulo e no Espírito Santo. Recentemente, tornou-se a principal acionista da CELESC, em Santa Catarina. No Brasil, é referência em áreas como Inovação, Governança e Sustentabilidade, estando há 13 anos consecutivos no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3.